segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lente Cultural



Nascido na Itália Giulio Carlo Argan, diplomado em letras pela universidade de Turim (1930), foi um dos maiores críticos de arte do século XX.
Entre suas coleções de textos mais importantes está História da Arte como história da cidade, Roma 1983.
Segundo o autor arquitetura e cultura dizem respeito às mesmas definições. Tanto as obras de arte quanto a arquitetura são figurativas, a arquitetura é tão autêntica que todos os prédios de uma cidade, sem exceção demonstram determinada cultura, preferência de estilo e até mesmo posição social e política. Logo, os possíveis defeitos da arquitetura, formam um conjunto de imagens que não conversam entre sim criando uma colagem descontínua,
No período entre guerras os arquitetos começaram a contestar o ideal divino a fim de desvincular-se da idéia do arquiteto como um “deus criador”, assim a arquitetura moderna libertava-se da iconografia e dos dogmas criados pelo classicismo.
De modo geral, os centros históricos estão relativamente conservados, porém em torno destes centros criou-se uma cortina de concreto, da qual o fator determinante foi à especulação imobiliária em torno destes centros devido ao grande crescimento populacional destas cidades.  Esta situação criou um impasse no trabalho dos arquitetos já que gerou-se uma incompatibilidade de estilos arquitetônicos e uma dificuldade de adequação do novo com o velho. Tornando impossível a convivência harmoniosa entre estes paradoxos, pois é impossível dar lugar ao novo sem prejudicar o antigo, assim como é difícil preservar o antigo e dar margem a contemporâneo. Uma solução possível seria separar os bens culturais dos centros de negócios sem que haja um abandono de um destes.
Uma cidade é um sistema de informação, o qual deve utilizar destes artifícios para transmitir seu caráter político.
O autor conclui o capítulo questionando o grande desafio do arquiteto atual comparando-o com o médico que tem por função curar as “doenças” da cidade, e encontrar uma solução para manter um diálogo entre instituição histórica e a atualidade do sistema de informação, assim ao encontrar esta cura para os erros da arquitetura do passado corrigem-se os erros políticos que causaram danos à cidade.
Analisando conjuntamente com a colagem sobre a lente da cidade cultural, observamos que assim como o autor se refere à cidade como um conjunto de diferentes camadas, a colagem abriga diversas camadas e pontos de vistas, pois engloba arte, cultura, educação e movimento. Trabalhando com a arquitetura característica da cidade de São João Del Rei, Minas Gerais, Brasil, uma arquitetura predominantemente em estilo colonial e barroco, temos um contraste com os elementos artísticos modernos como com o relógio modernista e deformado de Salvador Dalí, uma bailarina contemporânea e a figura representativa do surrealismo de René Magritte, que previam, para a arte um futuro liberal o qual, segundo o texto, buscamos para a cidade.
Este é questionamento feito no capítulo e também na montagem de o que será preciso para preservar o espaço cultural antigo e dar lugar aos centros modernos ao mesmo tempo? A resposta talvez seja encontrando equilíbrio entre ambos, mesmo que os separando e mantendo-os vivos, mas o equilíbrio seria a melhor forma de não fazer com que nenhum deles morresse esquecidos e depreciados.



Bibliografia:
ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Cap.16


Referências:
GAMBA, Cláudio. Editado: Profilo biográfico di Giulio Carlo Argan (Esboço biográfico de Giulio Carlo Argan). Disponível em <http://www.giuliocarloargan.org/argan_profilo.htm>. Acesso em: 21 mar. 2011.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Performance Desconforto

 
Trabalho sobre desconforto apresentado no ponto de ônibus do CTAN. Pelo grupo composto por Juliana, Elidiane, Carolina e Débora.

terça-feira, 15 de março de 2011